quarta-feira, 29 de abril de 2015

SC - Vai Ter Observatório Sim!




#VaiTerObservatorioSim

As catarinenses sensibilizaram o Parlamento e, de forma muito pedagógica, mostraram aos Deputados a necessidade urgente de termos instrumentos de enfrentamento a violência contra a mulher.

A bancada feminima composta pelas Deputadas Ana Paula Lima, Luciane Carminatti, Dirce Heiderscheidt, tem atuado fortemente para a efetiva implementação da Lei Maria da Penha em nosso estado.

As mulheres de todos os partidos políticos participaram desta construção, as mulheres do Judiciário, da OAB, do Ministério Público, do movimento sindical e social, uniram forças e, por unanimidade, derrubaram nesta tarde o veto do governador ao Projeto de Lei que cria o Observatório da Violência contra a Mulher em Santa Catarina.

Com certeza, esta tarde ficará para a história do parlamento e de Santa Catarina. Constituir um sistema integrado de informações entre as secretarias de estado, possibilitará termos dados reais para que o estado e os municípios construam políticas públicas eficazes.

O movimento em defesa do PL 122/2013 de autoria da Deputada Ana Paula Lima, construiu um vídeo falando sobre a importância do legislativo realmente legislar a favor das mulheres, deu visibilidade na imprensa e nas redes sociais (#VaiTerObservatorioSim), ganhou a opinião pública e a carta de apoio abaixo teve a adesão de várias entidades.

Uma palavra para descrever este movimento? SORORIDADE

Nós mulheres podemos, e podemos muito quando estamos unidas!!

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Abaixo a carta de apoio e o vídeo


Carta de apoio ao PL./0122.0/2013 que institui a Política Estadual para o Sistema Integrado de Informações de Violência Contra a Mulher no Estado de Santa Catarina, denominado Observatório da Violência contra a Mulher-SC,e pela REJEIÇÃO a Mensagem de Veto do Governador MSV/00061/2015.
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Senhores Deputados e Senhoras Deputadas,
Manter o veto do governo do estado ao PL./0122.0/2013 é fortalecer a omissão do governo para com as políticas públicas de enfrentamento a violência contra a mulher em Santa Catarina.
O referido Projeto de Lei é um instrumento fundamental para a implementação da Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha,no que refere a assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar “far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais”, tendo como principais diretrizes:“a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas;”
Em 04 de maio de 2006, a Lei Complementar 358, criou a Coordenadoria da Estadual da Mulher, com a finalidade de assessorar, assistir, apoiar, articular e acompanhar ações, programas e projetos voltados a mulher, com a responsabilidade de “promover a revitalização de estudos, de pesquisas formando em banco de dados, ou de debates sobre a situação da mulher, visando a busca de informações para qualificar as políticas públicas e serem implantadas;”
De acordo com o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que teve comofinalidade investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias de omissão por parte do poder público com relação à aplicação de instrumentos instituídos em lei para proteger as mulheres em situação de violência, apresentado em julho de 2013, para queSanta Catarina tenha a efetiva implementação da Lei Maria da Penha, recomenda-se 14 ações ao poder executivo, dentre as quais: criar mecanismos de avaliação e monitoramento das políticas públicas de enfrentamento às violências contra mulheres; e,revisar o sistema de informações de registro de ocorrências para adequá-lo plenamente à Lei Maria da Penha, bem como permitir dados desagregados por raça/etnia, nível de escolaridade, dentre outros. Para a CPMI “a Coordenadoria Estadual da Mulher não desenvolve políticas públicas. Além de um órgão de gestão, falta também um organismo público que congregue os dados relativos à violência contra mulher. As informações estão dispersas e, muitas vezes, divergem de uma fonte para outra. O número de equipamentos no Estado ainda é insuficiente, o que pode estar levando a uma subnotificação dos casos” de violência contra a mulher.
Em resumo, a justificativa do governo para o veto MSV/00061/2015 ao PL./0122.0/2013, está embasada na inconstitucionalidade da matéria e na falta de orçamento para sua efetivação. Quando da apreciação do referido projeto por este Poder,houve a admissibilidade pela Comissão de Constituição e Justiça e a aprovação nas Comissões de Mérito, seguindo da aprovação em Plenário. O que nos faz refletir sobre a autonomia do Poder Legislativo em criar as leis necessárias para a construção de políticas públicas que visem a prevenção a qualquer forma de violência contra a mulher e a assistência às mulheres catarinenses em situação de vulnerabilidade e violência.
É de conhecimento das entidades aqui nomeadas que o Estado de Santa Catarina não tem ações voltadas a implementação da Lei Maria da Penha, principalmente pela falta de orçamento e o interesse em pactuar com o governo federal programas fundamentais para que as mulheres em situação de violência consigam libertar-se de um ciclo de violência, e isto já foi denunciado a CPMI. Mas é inaceitável que o Poder Legislativo queira legislar em favor das mulheres e submeta-se a uma decisão do Executivo pelo vergonhoso e irresponsável fato de não haver dotação orçamentária para tal fim.
Registramos ainda, que tal omissão é digna de denuncia aos organismos internacionais, dos quais o Brasil é signatário.
Florianópolis, 27 de março de 2015.


terça-feira, 28 de abril de 2015

30 Anos do MST em SC - Uma História de Luta e Transformação

Aconteceu hoje, Sessão solene em homenagem aos 30 anos do MST em Santa Catarina, a exposição de fotografias "MST 30 anos", acontece no hall da Assembleia Legislativa, até 1 de maio.

A importância do MST para a nossa sociedade está em uma frase que a companheira Luci sempre nos faz lembrar: "se o campo não planta, a cidade não come". 

O MST é um dos maiores movimentos sociais da América Latina e sua luta está na transformação de terra improdutiva, em terra fértil. Onde milhares de famílias cultivam com amor e dedicação aquilo que servimos em nossas mesas, para nós e para quem amamos.


Vida longa ao MST e a todos os companheiros e companheiras que lutam diariamente por uma vida mais saudável para todos e todas!


Um viva a todos e todas que tombaram no caminho, mas que deixaram a semente da esperança em nossos corações!!





























Adiado para amanhã a votação do Observatório da Violência contra a Mulher

A votação do veto do governo do estado ao Observatório da Violência contra a Mulher em Santa Catarina foi adiado para amanhã (29/04) em função da falta de quórum de Deputados em Plenário.

Seguímos na luta e estaremos todas amanhã novamente.

Com várias entidades representadas, aproveitamos o momento e fizemos uma conversa sobre as ações que precisamos tomar com urgência, entre elas está a rearticulação do Fórum Catarinense em Defesa da Implementação da Lei Maria da Penha.

Seguem as fotos:










28 de Abril - Dia em Memoria às Vítimas de Doenças e Acidentes do Trabalho

O MOVIDA (Movimento em Defesa da Saúde, Segurança e Qualidade de Vida da Classe Trabalhadora),  nasceu em maio de 2003 e a partir de lá, vem desenvolvendo uma série de ações em defesa de trabalhadores e trabalhadoras. As atividades de rua acontecem sempre na data do 28 de abril, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre os aciedentes e doenças de trabalho, e a disputa cruel que existe entre Capital X Trabalho.

Este ano, o MOVIDA foi a cidade de Chapecó,

"onde segundo dados levantados pelo CEREST / Chapecó na macrorregião oeste em 2010 foram registradas 1.305 notificações de acidentes e doenças do trabalho na macrorregião Grande Oeste, em 2014, o número saltou para 5.549 (um aumento acima de 325%). No mesmo período (2010), dois trabalhadores perderam a vida segundo os dados. Em 2014, foram registrados oito óbitos decorrentes de acidentes de trabalho.
Outro dado alarmante é que o Estado de Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking nacional de doenças e acidentes de trabalho. Somente em 2012 cerca de 48 mil pessoas foram vítimas de acidentes e doenças do trabalho, ou seja, a cada 1.000 habitantes 7,6 deles foram vítimas de acidentes e doenças do trabalho (Fonte: MPS / IBGE / DIEESE / FETIESC, 2013). Uma pesquisa realizada pelo Ministério Público do Trabalho revelou que os trabalhadores (as) em Santa Catarina adoecem 48% a mais que a média nacional. (Fonte: UFSC / UNIVALI, 2013).  O perfil dos agravos à saúde dos trabalhadores (as) catarinenses atingem, principalmente, os setores industriais de frigoríficos, têxteis e comércio varejista.

A atividade, que reuniu trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, fez o debate na rua com a sociedade, protocolou o pedido de uma Ação Civil Pública com base em fatos que vem acontecendo no setor de carnes, denunciou o que representa a classe trabalhadora o PL4330 e reinstalou simbolicamente a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

Vejam as fotos:





































































































































































Violência contra a Mulher - SC 2014