quarta-feira, 23 de maio de 2012

Amianto, tua hora está chegando...



Recebi da querida Fernanda um email com vários links na internet sobre a questão do Amianto

O Amianto mata!

São anos e anos de luta pelo banimento no Brasil, sinto que está chegando a hora de o Brasil dizer Basta!

Esta semana O Globo publicou uma série de reportagens e encaminho os links a quem passar por aqui.

Artigos publicados

http://oglobo.globo.com/infograficos/amianto-stf/

http://oglobo.globo.com/infograficos/amianto/

http://oglobo.globo.com/rio20/no-pais-queda-de-braco-entre-os-que-produzem-com-sem-fibra-4947322

http://oglobo.globo.com/rio20/duas-cidades-ligadas-pelo-amianto-4947426

http://oglobo.globo.com/rio20/cinco-estados-ja-proibem-amianto-4947343

http://oglobo.globo.com/infograficos/amianto-estados/

http://oglobo.globo.com/rio20/sao-um-milhao-de-expostos-afirma-auditora-fiscal-do-trabalho-4947253


http://oglobo.globo.com/rio20/o-brasil-sem-amianto-indenizacoes-milionarias-4953058

http://oglobo.globo.com/rio20/empresa-reconhece-que-ha-doentes-apos-1980-4953065
http://oglobo.globo.com/rio20/pesquisa-nao-ve-doenca-por-amianto-apos-1980-4968428http://oglobo.globo.com/rio20/guerra-do-amianto-chega-as-universidades-4964989

Fotoshttp://oglobo.globo.com/economia/brasil-sem-amianto-4947658



Saiba mais...


Vídeos

1) o excelente material sobre BOM JESUS DA SERRA e antiga mina de amianto da
BRASILIT/ SAINT-GOBAIN hoje passivo da ETERNIT - uma verdadeira lambança
promovida pelas multinacionais do amianto em
http://oglobo.globo.com/videos/t/o-globo-hd/v/cidade-do-amianto/1954008/
As vítimas e familiares são ouvidas nesta importante reportagem

2) um resumo do conteúdo pela jornalista responsável pela série a ser
editada até quarta-feira, Cassia Almeida em
http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/o-brasil-sem-amianto/1954250/

3) riscos à saúde por Dr Hermano Castro e vítimas de Osasco e familiares
(nosso saudoso ALDO VICENTIN, vitimado pelo mesotelioma) em
http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/os-riscos-que-o-amianto-traz-para-saude/1954267/

4) RIO +20 - o pingue-pongue entre mim e o presidente da ETERNIT em
http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/o-uso-do-amianto/1954211/

SC - Dalmo e Grubba nesta quinta na CPMI em Brasília


22/5/2012 - CPMI da violência contra as mulheres
CPMI da Mulher aprova requerimentos e ouve nesta quinta-feira secretários de SC
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher aprovou, nesta terça-feira (22/5), 72 requerimentos. Eles se referem a pedidos de informações, diligências e convites para que autoridades de diversos estados prestem depoimentos à comissão.
Nesta quinta-feira (24/5), a CPMI se reúne, novamente, em Brasília, às 9h. O colegiado vai ouvir os secretários de Saúde e Segurança Pública de Santa Catarina, Dalmo Claro de Oliveira e César Augusto Grubba, respectivamente.Os dois secretários foram convidados a comparecer a Brasília depois de não terem comparecido a audiência pública de Santa Catarina, no dia 4 de maio.
Os convites aprovados são dirigidos a autoridades de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Alagoas, Santa Catarina, Goiás, Paraíba, Paraná e Mato Grosso do Sul.
A CPMI que tem como relatora a senadora Ana Rita (PT-ES) e presidenta, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), realizará no próximo dia 1º, audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas. Este será o sexto estado a receber à Comissão que já esteve, além de Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo e Minas Gerais.
A maioria dos convidados para estar na CPMI atua em secretarias ou órgãos ligados a segurança pública, saúde e políticas para mulheres, além de autoridades do Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.Entre as informações solicitadas e aprovadas estão pedidos a delegados da Polícia Civil do Rio de Janeiro. As solicitações são direcionadas ainda a governos de estados e Poder Judiciário. A maior parte tem relação com casos denunciados nas audiências públicas ou ocorridos após a criação da CPMI, em 8 de fevereiro.
A partir da audiência pública de Pernambuco, em 16 de abril, a CPMI solicita informações à Procuradoria de Justiça e Secretária Estadual de Defesa Social dos casos de duas vítimas de violência: Adriana de Paula da Silva Ramos e Izaelma Cavalcante Tavares.
Ao Espírito Santo, a CPMI requer que o Tribunal de Justiça e a Procuradoria Geral encaminhem informações sobre o caso de Fernanda Rodrigues Crizostemo.Prazos - Em consonância com os requerimentos, a CPMI aprovou que as autoridades terão prazo de 20 dias para apresentarem as respostas.“Não respeitado os prazos, convocaremos as autoridades para falar à CPMI”, afirmou a relatora Ana Rita.
De acordo com ela, os prazos valem para todo tipo de pedido de informação feito à CPMI, inclusive, as solicitações expedidas em março e ainda não respondidas.
Adriana Miranda Assessoria da senadora Ana Rita - PT/ES

MST e os ovos de tartaruga



















Recebi um email com imagens de pessoas recolhendo ovos de tartaruga, dando a entender que seriam pessoas ligadas ao MST às margens do Rio Solimões.
Fiquei intrigada por dois motivos, o MST tem maior cuidado com a preservação do meio ambiente e quando vi a foto que veio anexada mostrando as ondas do Rio Solimões, pensei, é mais uma da "direitosa" tentando desfazer o Movimento.
Pesquisei sobre o assunto e encontrei a verdade, que transcrevo abaixo:
Coleta de ovos de tartaruga na Costa Rica: vergonha mundial?

Mensagens indignadas percorrem a Internet protestando contra a coleta de ovos de tartaruga na Costa Rica. Deputado federal acha que isso acontece mesmo é no Rio Solimões, no que discordam raivosos ambientalistas que asseguram se tratar de coisa do MST - Movimento dos Sem Terra. Não os da Costa Rica, mas os daqui mesmo do Brasil.
(Ou seria Movimento dos Sem Tartaruga? :)
Difícil de entender. Portanto, vamos por partes.
Na Costa Rica, país da América Central, existe uma praia de nome Ostional. É uma praia pequena, com cerca de um quilômetro de extensão, areias escuras, situada na península de Osa na costa do Pacífico. É para lá que se dirigem, todos os anos, quatro espécies de tartarugas: a Eritmochelys imbricata, a Chelonia agassizzi, a Dermochelys coriacea e a Lepidochelys olivacea.

A finalidade da visita a essa praia é a desova. Algumas delas chegam em pequena quantidade, mas a natureza faz com que as da espécie Lepidochelys olivacea compareçam em grande cópia.
Segundo Anidación de la tortuga lora..., as tartarugas dessa espécie podem chegar a mais de duzentos mil fêmeas num período de arribada.Elas vão chegando e desovando sem a reocupação de perguntar se aquele lugar da areia já se encontra ocupado com ovos de outra tartaruga. Não perguntam, até porque têm dificuldades com a fala, nem tampouco percebem se o lugar já contém ovos de sua irmã ou prima.
Como o trecho de praia é pequeno e as tartarugas, por razões desconhecidas, dão preferência
àquele lugar, o que ocorre é uma grande concentração de ninhos: muitos ovos em pequena faixa de areia.Cada tartaruga pode botar até cem ovos. Milhares de tartarugas, milhares de ninhos, alguns milhões de ovos.
Além do predador homem, que comprometia a vida dos quelonídeos, havia outro problema mais sério: cada vez que o mar trazia uma nova leva de tartarugas, elas remexiam os ninhos deixados pelas que haviam se antecipado na desova. Nesse mexe e remexe, las tortugas recém-chegadas quebravam ovos, desmanchavam os ninhos anteriores deixando tudo numa verdadeira mixórdia.
Em pouco tempo, os ovos quebrados apodreciam e contaminavam os ninhos próximos e a presença de bactérias comprometia, ainda mais, o índice de eclosão e de sobrevivência dos queloninhos.
A destruição atingia até oitenta por cento dos ovos de uma arribada. Preocupado, o governo da Costa Rica criou, em 1983, o Refugio Nacional de Vida Silvestre de Ostional (RNVSO) e um rígido controle de coleta de ovos de tartarugas.Funciona assim: durante as primeiras trinta e seis horas de uma arribada é permitida a coleta de ovos. A partir daí, fica proibida.Na verdade, a coleta é dos ovos que se quebrariam e não iriam produzir filhotes, pois seriam destruídos pelas fêmeas da segunda leva.

Além de se quebrarem, eles se transformariam em focos de contaminação.
Utilizando esse tipo de manejo, os ambientalistas verificaram aumento de até vinte por cento na taxa de eclosão e de nascimento de filhotes.
Conclusão: não se trata de atividade ilegal nem predatória, mas de coleta supervisionada e controlada que trouxe dois resultados visíveis:
- aumento significativo do índice de sobrevivência dos filhotes;
- melhoria nutricional e de renda dos moradores da comunidade sem comprometer o meio ambiente.

Assista a reportagem no link

terça-feira, 22 de maio de 2012

Plenário aprova PEC do Trabalho Escravo

22/05/2012 19:44

Plenário aprova PEC do Trabalho Escravo

O Plenário da Câmara acaba de aprovar, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01, do Senado, que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a fiscalização encontrar exploração de trabalho escravo, e os destina à reforma agrária e a programas de habitação popular. A proposta é oriunda do Senado e, como foi modificada na Câmara, volta para exame dos senadores.

Confira como votou cada deputado

A votação da PEC do Trabalho Escravo só foi possível depois de um acordo dos líderes, em reunião na tarde desta terça-feira, na sala da Presidência da Câmara. A proposta passou com 360 votos a favor, 29 contra e 25 abstenções. O texto precisava de 308 votos para ser aprovado.

Durante a discussão, diversos deputados afirmaram que o Congresso precisa agora aprovar uma lei que regulamente o assunto, definindo o que é condição análoga a trabalho escravo e os trâmites legais da expropriação.

O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que as duas Casas do Congresso vão formar um grupo de trabalho para redigir o projeto de lei de regulamentação. A criação da comissão é fruto de um acordo fechado há duas semanas entre Maia e a presidente interina do Senado, Marta Suplicy, que garantiu a votação da PEC.

Com a aprovação, Maia, encerrou a Ordem do Dia.

Contexto

A PEC do Trabalho Escravo foi aprovada em primeiro turno pela Câmara em agosto de 2004, como uma resposta ao assassinato de três auditores do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho, em Unaí (MG), em 28 de janeiro daquele ano. Os quatro foram mortos depois de fazerem uma fiscalização de rotina em fazendas da região, onde haviam aplicado multas trabalhistas. O processo criminal ainda corre na Justiça, e nove pessoas foram indicadas pelos homicídios, incluindo fazendeiros.O crime, que ficou conhecido como a chacina da Unaí, também motivou o Congresso a aprovar um projeto que transformou a data de 28 de janeiro em “Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo”. A proposta foi sancionada e virou a Lei 12.064/09.

Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica


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Quem ainda não fez a inscrição, faça com urgência através do Quero Participar
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Piora a violência contra mulheres


O Globo
ARTIGO - Senadora Ana Rita
Piora a violência contra mulheres
Longe dos flashes, desde fevereiro, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), instalada para investigar a situação da violência contra mulheres no Brasil e apurar denúncias de omissão por parte do poder público com relação à aplicação de instrumentos legais para proteger as mulheres em situação de violência, vem ouvindo autoridades públicas e fazendo diligências em vários estados da federação. Nos últimos 30 anos, a violência contra mulheres aumentou e piorou muito.
O Brasil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo. Conforme o Mapa da Violência (Instituto Sangari, 2012), nos últimos 30 anos foram assassinadas 91 mil mulheres, sendo 43 mil só na última década. Conforme o Mapa, as mulheres estão morrendo predominantemente no espaço doméstico. O "lar, doce lar" não é mais seguro: 68,8% dos homicídios ocorrem dentro de casa e são praticados pelos cônjuges. Apesar disso, há dificuldades em punir os agressores. Dos homicídios de repercussão nacional, o de Elisa Samudio continua sem data para julgamento.
O processo de Sandra Gomide levou 11 anos para ter decisão condenatória definitiva. O assassino de Mércia Nakashima ficou mais de um ano foragido e ainda não foi a júri popular. Os inúmeros recursos interpostos objetivam impedir a condenação e apostam na prescrição dos crimes. No emblemático caso Maria da Penha Fernandes, a prescrição só não ocorreu por ação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Apenas para os réus mais pobres a justiça é feita com rapidez.
A Lei Maria da Penha enfrenta resistências. Inúmeros magistrados negam as medidas protetivas por que estas podem "esvaziar os lares das comarcas". Exemplo foi a morte de Renata Rocha Araújo, de 28 anos, ocorrida no dia 16 de maio. Renata teve dois pedidos de medidas protetivas negados pelo juiz Relbert Chinaidre Verly, da 13ª Vara da comarca de Belo Horizonte, sob a justificativa de que não havia lastro probatório mínimo e que a Lei Maria da Penha não foi criada para acabar com o casamento ou com a família. Este não é um caso isolado onde predomina uma visão subjetiva de magistrados em detrimento da vida das mulheres.
A Lei Maria da Penha foi criada para proteger as mulheres. Que visão de família defendem esses juízes que ignoram a violência praticada contra as mulheres dentro de seus lares?
Essas interpretações estão em desacordo com a Lei Maria da Penha e com a decisão do Supremo Tribunal Federal que reafirmou a Lei Maria da Penha como um instrumento de defesa dos direitos fundamentais das mulheres. Mecanismos internos de controle do Poder Judiciário devem ficar atentos a visões pessoais que contrariam frontalmente os dispositivos legais. Mudar a cultura machista, a naturalização da violência doméstica e a impunidade dos agressores é uma tarefa de toda a sociedade. A CPMI da violência contra a mulher, ao apurar casos como esses, dará sua contribuição aos poderes públicos para garantir o direito das mulheres a uma vida sem violência. ANA RITA é senadora (PT-ES) e relatora da CPMI da Violência contra a Mulher.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Breve avaliação da I Conferencia Nacional de Transparência e Controle Social - CONSOCIAL


Pesquisa realizada entre julho de 2011 e abril de 2012, concluiu que a sociedade civil esteve em maior número nas conferências estaduais, municipais e livres, chegando a 61% nas conferências onde foi aplicado o questionário. A participação das mulheres ganhou destaque nas etapas preparatórias, 59% (etapas livres), 58% (estaduais) e 50% (municipais). A faixa etária nas conferências livres teve 40% do público entre 16 e 30 anos, já nas estaduais a maioria era de 41 a 50 anos, e nas Municipais 30% estava na faixa entre 31 a 40 anos. Foram respondidos 3.692 questionários nas conferências livres, 48.280 nas municipais/regionais e 289 nas estaduais. Sobre a possibilidade de estarem em uma nova edição da CONSOCIAL, 90% afirmaram que participariam pela relevância do tema.


A CONSOCIAL mobilizou cerca de 1 milhão de pessoas, recebeu quase 21 mil propostas para a construção do Plano Nacional de Transparência e Controle Social e mais de 1,2 mil delegados e delegadas estiveram presentes nos dias 17 a 20 de maio de 2012, em Brasília, para eleger as 80 propostas prioritárias ao plano. É a primeira vez na história do Brasil que a sociedade é chamada pelo Governo Federal para debater o tema, uma luta de anos da sociedade civil.



O Brasil chamou e a sociedade respondeu, comprovando que se há vontade política, há a participação da sociedade para a construção das políticas.

A I CONSOCIAL, esteve dividida em 4 eixos temáticos, debatidos em Conferências Livres, Municipais/Regionais, Estaduais e Nacional:

Eixo 1 - Promoção da Transparência Pública e acesso a informação e dados públicos.

Eixo 2 - Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da gestão pública.

Eixo 3 - A atuação dos Conselhos de políticas públicas como instancias de controle.

Eixo 4 - Diretrizes para a prevenção e o combate à corrupção.





Jorge Hage - Ministro-chefe da Controladoria Geral da União falou sobre a Lei de Acesso a Informação na abertura da I CONSOCIAL:
"A cultura de 500 anos de segredos e propriedades pessoais de servidores não será mudada em um dia, mas o dia 16 de maio é o primeiro dia de uma caminhada revolucionária. A partir de agora, a publicidade é regra e o segredo passa a ser exceção".



A Lei de Acesso à Informação foi sancionada no fim do ano passado e tem o objetivo de garantir aos cidadãos e cidadãs brasileiros acesso aos dados oficiais do Executivo, Legislativo e Judiciário. O decreto que regulamenta a lei foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff, na cerimônia de instalação da Comissão da Verdade, em 16 de maio de 2012 e às 18 horas do dia 18 de maio, já havia mais de 1,6 mil pedidos de informação aos órgãos públicos.


Transparência e Controle Social



A Sociedade quer e luta por mudanças, mudança na cultura do dito "jeitinho brasileiro", onde as coisas aconteciam de forma equivocada, sem transparência, burlando leis e normas. Não há mais esse "jeitinho", no Brasil que vivemos hoje, não cabe mais esse "jeitinho". E a resposta está nas propostas priorizadas pelos delegados e delegadas da CONSOCIAL, onde o financiamento exclusivamente público para campanhas eleitorais, está como prioridade absoluta para a conferência.



Para o Eixo 1 - Promoção da Transparência Pública e acesso a informação e dados públicos, as propostas mais votadas dizem respeito a: regulamentar as publicações de dados públicos na web; a obrigatoriedade de divulgação de todos os editais e processos licitatórios; a transparência tambem do Poder Judiciário; e o fortalecimento de ouvidorias.



A discussão do Eixo 2 - Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da gestão pública, esteve voltada a questão da educação com proposição de alteração da LDB para que de forma transversal tenhamos incluído a questão da transparência e do controle social em todos os níveis da educação. A questão da formação e da capacitação do controle social de forma continuada, tambem esteve presente. Assim como, a obrigatoriedade da implantação do Orçamento Participativo (OP) em todas esferas de governo, sob pena de perda de mandato se o OP não for realizado e respeitado. A criação de Observatórios de Controle Social e o fim de qualquer forma de privatização da rede pública de serviços.



O Eixo 3 - A atuação dos conselhos de políticas públicas como instâncias de controle, defendeu como prioridade para o Plano Nacional programas de capacitação e formação continuada para conselheiros e conselheiras, onde aborde temas como orçamento (PPA, LOA, LDO), administração pública, finanças, políticas públicas, em parceria com órgãos governamentais como CGU e TCU. A criação de novos Conselhos que atuem nas três esferas de governo (Municipal, Estadual e Federal), a exemplo do Conselho de Política e Administração Tributária e Aduaneira. E, garantir a autonomia administrativa e financeira dos conselhos com dotação orçamentária própria.



Eixo 4 - Diretrizes para a prevenção e o combate à corrupção, o eixo mais priorizado por todos os delegados e delegadas da CONSOCIAL e a maior votação de toda a Conferência foi para a proposta de instituir financiamento exclusivamente público para campanhas eleitorais. Fortalecer o sistema de controle interno, tornando obrigatória a criação de estrutura de controle interno em todas as esferas de governo. E, o endurecimento das leis com aplicação de penas mais severas para os crimes de corrupção e contra a administração pública.



Totalizando 80 propostas para o Plano Nacional de Transparência e Controle Social, temos o compromisso da Presidenta Dilma de avaliá-las e implementá-las, compromisso este, firmado através de uma Carta  enviada aos Delegados e Delegadas da CONSOCIAL.



Como Delegada eleita na I Conferência Estadual de Transparência e Controla Social de Santa Catarina para representar a sociedade civil na I CONSOCIAL, tenho muito a agradecer a Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina, em especial ao querido companheiro Nadir Cardoso dos Santos da FECESC, que priorizaram a minha eleição na etapa Estadual. Obrigada!

Carta de Dilma a I CONSOCIAL


Obrigada Minha Presidenta!
Nós agradecemos a oportunidade de participarmos deste momento que, com certeza, ficará para a História. A primeira vez que Brasileiros e Brasileiras são convidados a participar, junto ao Governo Federal, para debater algo tão sério enraizado em nossa sociedade. A corrupção, algumas vezes dita como "o jeitinho brasileiro de resolver as coisas", este é o momento de mostrarmos ao mundo que não somos mais este País que para tudo se dava um "jeitinho". Precisamos mostrar aqueles que se utilizam da coisa pública que a época do "jeitinho" acabou.
Doa a quem doer... Estou orgulhosa de ter participado junto com milhares de brasileiros e brasileiras que estiveram durante todos esses dias propondo um País melhor para brasileiros e brasileiras! Axé!!!
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MENSAGEM DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF AOS PARTICIPANTES DA 1ª CONSOCIAL

EM 20 DE MAIO DE 2012
Quero saudar cada querido brasileiro e cada querida brasileira que participa da Primeira Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social.
Vocês vieram de todos os recantos deste nosso imenso país, depois de reunirem-se em mais de 2.500 Conferências Municipais, 27 Eventos em nível Estadual e um sem número de Conferências Virtuais, que acabaram por envolver cerca de um milhão de nossos cidadãos.
E agora se reuniram aqui, em Brasília para debater, desde a última sexta-feira, as propostas a serem apresentadas ao governo, com vistas a subsidiar a formulação de um Plano Nacional de Transparência e Controle Social.
Os Ministros Jorge Hage e Gilberto Carvalho têm me mantido informada do sucesso desta Conferência, que trata de tema para mim particularmente caro – a Transparência e a Participação dos Cidadãos e Cidadãs na vida pública, na vida do país.
Pela primeira vez, um processo conferencial, de amplíssima consulta pública às bases da sociedade, se dedica ao debate específico desse tema, mobilizando, ao longo de mais de um ano, milhares de pessoas, do norte ao sul, do nordeste ao sudeste e ao centro-oeste.
Eu me congratulo com vocês por este monumental trabalho de civismo e cidadania, de modo especial porque ele ocorre em um momento particularmente significativo para o meu governo e para o nosso país.
Por uma feliz coincidência, acabo de assinar, há poucos dias, o decreto que pôs em pleno vigor a nossa Lei de Acesso à Informação, que é das mais avançadas do mundo e está fadada a dar início a uma verdadeira revolução na cultura e na prática das relações entre o Estado e o Cidadão em nosso país.
O Brasil já se havia credenciado perante a comunidade internacional como um dos países de governo mais aberto e transparente, por conta dos avanços experimentados nesta última década, a partir do Governo do Presidente Lula. Já fazemos o que nenhum outro país faz em matéria de publicidade na aplicação dos recursos do Governo Federal. Nosso Portal da Transparência é referência mundial.
Acabamos de dar um novo passo, ao regulamentar o acesso dos cidadãos e cidadãs aos documentos e dados específicos que quiserem conhecer, em qualquer área da atividade do Estado.
Eu sei, e vocês também sabem que a realidade não se muda da noite para o dia, mas estou certa de que, a partir de agora, passamos a um novo patamar de participação da sociedade na vida pública, na formulação das políticas públicas e na vigilância sobre a sua execução. E isso deve se refletir, tanto na qualidade dos serviços e dos investimentos como na lisura quanto à aplicação dos recursos. Estas são condições essenciais para vencermos velhos problemas – na infraestrutura, na saúde, na educação – e para ampliarmos, a cada dia e a cada ano, o desenvolvimento que queremos – que é o desenvolvimento com inclusão social.
Na mesma data em que entrou em vigor a Lei de Acesso, instalamos também a Comissão da Verdade, que deverá resgatar do esquecimento tudo aquilo que aconteceu nos períodos obscuros e sombrios da ditadura, acontecimentos que jamais deverão se repetir entre nós.
É nesse clima e nesse espírito de celebração da verdade e da transparência, que saúdo vocês, na certeza de que contribuirão, com suas ideias, suas sugestões e suas propostas, para que possamos, juntos, avançar no fortalecimento de uma democracia moderna e verdadeira.
Vamos lutar para que cada cidadão e cidadã se sinta participante efetivo da construção de um país mais fraterno, igualitário em suas oportunidades e democrático para seus cidadãos. Eu agradeço a vocês pelo esforço que fizeram para vir a Brasília neste final de semana, deixando seus lares para prestar um valioso serviço ao Brasil.
Podem estar certos que iremos examinar com toda a atenção e carinho as propostas aprovadas, analisando a viabilidade de cada uma delas, de modo a avançarmos ainda mais, no instrumental da transparência, da democracia, da participação e do enfrentamento da corrupção, áreas nas quais vocês já conhecem o meu compromisso, pois é o compromisso de uma vida inteira.
Muito obrigada.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Violência contra a Mulher - SC 2014