sábado, 12 de maio de 2012

Ser "Pãe" é parir um pouquinho a cada dia!!


Ser mãe e pai, em uma sociedade onde ser mulher solteira e mãe são desafios constantes, não é pouca coisa e nada vem de graça. Por mais que digam que a vida moderna aceita o fato de uma mulher ser solteira e mãe, ninguem consegue mensurar a discriminação e o preconceito que ainda imperam.

Se quando este ser "solteira e mãe" é por opção, já é dificil. Imaginem o ser "solteira e mãe"por conta do abandono. Aí meu bem, além de todos os olhares de reprovação, tanto da sociedade quanto da familia, a carga de responsabilidades é dobrada e de autocobrança diaria tambem, pois esta "pãe" tem que dar certo custe o que custar. Tem que vencer, e sozinha, pelo bem de todos.

Amanhã muitas mães estarão ganhando seus presentes, infelizmente virou isso mesmo, mais uma data que o comérico e a industria lucram muito. E sem nenhuma dó, os presentes mais vendidos são eletrodomésticos. Como se o fogão, a geladeira, o forno, o ferro, os copos, pratos, fossem apenas de uso delas, das mães. Que falta de criatividade.

Querem realmente agradar suas mães? Aqui vão algumas dicas:
- Acorde mais cedo que ela e prepare um delicioso mimo para o café da manhã.
- Coloque musica na casa, musica que ela goste.
- Pule na cama dela e dê um lindo e sorridente BOM DIA!!!
- Abrace forte e fique ali quietinho por alguns minutos.
- Olhem nos olhos dela e digam coisas do tipo: "Mãe, voce está tão linda!"
- Diga que o café está pronto e sentem-se para conversar, aproveite e fale: "Mãe, obrigada, obrigada por tudo!"
- Depois do café, ofereça uma caminhada pela rua e enquanto ela vai pro banho, voce arruma a cozinha.
- Durante a caminhada, segure a sua mão, cumprimente os vizinhos, sentem-se no jardim e entre sorrisos diga: "Mãe, que mulher maravilhosa voce é!"
- Voltem pra casa e decidam juntos o cardápio do dia, entre cebolas e batatas, não esqueça de dizer: "Mãe, desculpa se em algum momento não a compreendi!"... as lagrimas podem não ser da cebola.
- Durante o almoço, lembrem historias de sua infancia, brincadeiras, a gente sempre traz coisas boas para recordar, por mais que as coisas tenham sido dificeis.
- Depois de limparem juntos a cozinha, vão descansar um "cadinho" e enquanto ela descansa, levante, pé por pé, e prepare uma surpresa, tipo aquele bolinho de chuva que ela fazia para suas tardes ficarem mais doces. Se o bolinho ficar meio estranho não importa, o doce está no carinho.
- Ao pôr-do-sol, entre uma xicara de café ou chá, comente como o dia foi gostoso e do quanto a presença dela em sua vida é importante. Por todos os momentos que passaram juntos, por todas as dificuldades que ela passou para que voce estivesse ali, vivo!
- E, quando for a hora de dizer "tchau", abrace-a com ternura, com calor, com amor e siga com a certeza de que tantos outros dias podem ser iguais, afinal, basta voce lembrar que todos os dias ela esteve a lembrar e zelar por voce. E que nada era tão impossivel para ver um sorriso seu.

Mesmo com todas as dificuldades do mundo, voce sempre foi o primeiro e o ultimo pensamento dela durante o dia. Voce sempre foi o responsavel por horas de sono perdido. Voce sempre foi o estimulo para que ela vencesse as adversidades da vida. Voce sempre foi a alegria nas horas de angustias. Voce sempre foi a certeza que dias melhores viriam. Voce sempre foi a motivação necessária para ela não desistir.

Mas, voltando ao dia das mães, se voce nao quiser seguir a dica que passei acima, ou fazer algo parecido, por achar muito complicado dedicar um pouco dos seus dias a sua mãe, compra lá um presentinho qualquer, leve na casa dela, deseje um feliz dia das mães e diga que passou rapidinho apenas pra deixar seu abraço. Ela deve ficar feliz tambem, afinal, voce não deve ser o tipo de pessoa que se importa de verdade, e se voce for assim, ela já deve estar acostumada e conseguindo lidar com isso durante todo este tempo, e o pior é que ela ainda deve se culpar pelo fato de voce ser o que é.

Fala sério, voce bem que podia surpreendê-la este ano, heim? Olha... Lembra aquele seu amigo, aquele seu vizinho que cresceu junto com voce, pois é, sabe onde ele está hoje? Está levando flores para a mãe dele, mas lá no cemitério. Acorda!

Um viva a todas as mulheres, trabalhadoras, mães, por opção ou não, solteiras ou não, independente de raça, etnia, idade, orientação religiosa ou identidade sexual, que pariram ou adotaram. Que assumiram a responsa de ser mãe e pai todos os dias. Nós somos o máximo! Ser "Pãe" é parir um pouquinho a cada dia!!

Moção para convocação da 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador

Aos Senhores
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Coordenador CIST Nacional

Segue em anexo, Moção aprovada pelos membros da Rede EscolaContinental em Saúde do Trabalhador/REC-ST, reunidos no EncontroNacional do Projeto Vidas Paralelas, entre os dias 23 a 25 e de abrilde 2012, em Brasília/DF, com representação de 14 estados brasileiros,com solicitação ao Conselho Nacional de Saúde e a CIST Nacional queencaminhe aos Ministérios da Saúde, Trabalho e Emprego e PrevidênciaSocial, a convocação da 4ª Conferência Nacional de Saúde doTrabalhador para o ano de 2013.

Moção de Mobilização

A Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador/REC-ST, uma rede composta por pessoas, entidades públicas, movimentos sociais esindicais, estabelecida como rede de formação, vigilância e proteçãoao meio ambiente e aos trabalhadores e trabalhadores deste imensoBrasil, reunidos no Encontro Nacional do Projeto Vidas Paralelas,entre os dias 23 a 25 e de abril de 2012, em Brasília/DF, com representação de 14 estados brasileiros.

Considera:

 Que a saúde do trabalhador é direito fundamental, garantindo “aredução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,higiene e segurança”, estabelecidos no art. 7º, XXII, e arts. 196, 198e 200, da Constituição Federal;
 A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990;
 A Lei 8.142/90, § 1° - A Conferência de Saúde reunir-se-á a cadaquatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, paraavaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulaçãoda política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo PoderExecutivo ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde;
 A Portaria 3.120/98 que aprova no Art. 1º a Instrução Normativade Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS e norteia como um dosprincípios o Controle Social - com a incorporação dos trabalhadores edas suas organizações, principalmente as sindicais, em todas as etapasda vigilância em saúde do trabalhador, compreendendo sua participaçãona identificação das demandas, no planejamento, no estabelecimento deprioridades e adoção de estratégias, na execução das ações, no seuacompanhamento e avaliação e no controle da aplicação dos recursos;
 Resolução 328. Delegar a divulgação das deliberações da III Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador – garantindo aperiodicidade das Conferências de Saúde do Trabalhador, conformepreceitua a Lei 8.142/90;
 Resolução 359 da III CNST - Assegurar que, no mínimo, 10% dos recursos financeiros provenientes do Ministério da Saúde, inclusiveaqueles alocados para a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde doTrabalhador - RENAST, sejam destinados à efetivação do controle socialna saúde do trabalhador, visando garantir que os recursos da RENASTsejam aplicados em ações e serviços de saúde do trabalhador;
 Art. 8º da Portaria 2728/11 - Define que o controle social nosserviços que compõem a RENAST, com a participação de organizações detrabalhadores e empregadores, se dê por intermédio das Conferências deSaúde e dos Conselhos de Saúde, previstos na Lei nº 8.142, de 28 dedezembro de 1990, bem como por meio das Comissões Intersetoriais emSaúde do Trabalhador (CIST) vinculadas aos respectivos Conselhos.Solicita:
 Ao Conselho Nacional de Saúde e a CIST Nacional no uso das suasatribuições, encaminhem aos Ministérios da Saúde, Trabalho e Emprego ePrevidência Social, a convocação da 4ª Conferência Nacional de Saúdedo Trabalhador para o ano de 2013;
 A Coordenação-Geral de Saúde do Trabalhador/DSAST/SVS/MS,incentive aos CEREST Estaduais e Regionais a participação e colaboração financeira e estrutural ao Projeto Vidas Paralelas.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

=> Divisão Sexual do Trabalho


Esta imagem representa bem a divisão sexual do trabalho, cria uma pseudo hierarquia e fortalece a condição de dominador e dominada. Desconstruir esta relação é uma forma de enfrentar a violência doméstica contra a mulher, tambem.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sobre a violência doméstica e o empoderamento das mulheres


O Fantastico apresentou no dia de ontem uma matéria sobre mulheres vitimas de violência doméstica. A matéria está bem interessante, mas eu ainda não estou convencida dos dados apresentados na pesquisa, pelo simples fato de que não temos em todos os estados um banco de dados confiável sobre a violência doméstica contra a mulher.
Com base na reportagem, a cada 5 minutos uma mulher é agredida no país, se trabalhamos com informações de dados precários, penso que este número vai muito além.
Mas e o que fazer para que esta realidade mude?
A Academia tem produzido materiais bem interessantes, mas são poucos os espaços para que as mulheres agredidas sejam realmente ouvidas e tenham suas necessidades garantidas. o que pode ser uma dificuldade para a "Maria", pode não ser para a "Ana", ou a "Joana".
Escrevi um texto há alguns anos para o MMTU/SC falando sobre a importância do empoderamento das mulheres para romper com o ciclo de violência vivida no espaço privado de seus lares.
Neste material afirmamos o que Nelly Stromquist escreve em “La busqueda del empoderamiento: en qué puede contribuir el campo de la educación”, quando afirma que os parâmetros do empoderamento são: a construção de uma auto-imagem e confiança positiva; o desenvolvimento da habilidade para pensar criticamente; a construção da coesão de grupo; a promoção da tomada de decisões; a ação. E que esse processo de avanço da mulher se dá através de cinco níveis de igualdade: bem-estar, acesso aos recursos, conscientização, participação e controle.
Ainda para Stromquist, uma perfeita definição de empoderamento, deve incluir os componentes cognitivos, psicológicos, políticos e econômicos.
Componente cognitivo refere-se à compreensão que as mulheres têm da sua subordinação assim com as causas desta em níveis micro e macro da sociedade. Envolve a compreensão de ser e a necessidade de fazer escolhas mesmo que possam ir de encontro às expectativas culturais e sociais.
Este componente cognitivo do empoderamento também inclui um novo conhecimento sobre as relações e ideologias de gênero, sobre a sexualidade, os direitos legais, as dinâmicas conjugais etc.
O componente psicológico inclui o desenvolvimento de sentimentos que as mulheres podem pôr em prática a nível pessoal e social para melhorar sua condição, assim como a ênfase na crença de que podem ter êxito nos seus esforços por mudanças: autoconfiança e auto-estima são fundamentais.
O componente político supõe a habilidade para analisar o meio circundante em termos políticos e sociais, isto também significa a capacidade para organizar e promover mudanças sociais.
E o componente econômico supõe a independência econômica das mulheres, esse é um componente fundamental de apoio ao componente psicológico.
Ao compreender o mundo ao redor, as mulheres passam a ter um novo olhar sobre a sociedade, sobre seus direitos, sobre ela mesma. E para as que sofrem violência doméstica, há o grande dilema FICAR X PARTIR.
O ficar ou partir compreende que a mulher precisa aprender a dizer um basta e a colocar suas condições. Ela precisa quebrar o silêncio que se instala em torno da violência.
Ficar, enquanto estiverem sob sujeição, as vítimas terão a sensação de que não há solução. Mas quando ´se desligam` e ousam reagir, ficam surpresas de ver que o homem que as agredia e que lhes dava medo é, na realidade, alguém frágil, sustentado por pensamentos machistas.
Para partir é necessário reconhecer que não vai conseguir mudar o outro e decidir, finalmente, preocupar-se consigo mesma. Há pesquisas que indicam que as mulheres que não sofreram violência na infância, tem uma boa auto-estima, boas relações sociais para apoiá-las, trabalho que a dê uma certa autonomia financeira, esclarecimento de seus direitos, estas tem mais condições para reagir.
Há de se considerar ainda que, a maior parte dos homicídios de mulheres cometidos pelo cônjuge tem lugar no momento em que elas saem de casa ou quando demonstram essa intenção. Já fragilizada, pela agressão, ainda há a insegurança de como sobreviver fora daquele espaço.
Questionei a relatora da CPMI da implementação da Lei Maria da Penha, Senadora Ana Rita, se em algum momento pensariamos as mulheres que abandonaram o lar e que hoje estão sem poder acompanhar seus filhos por terem perdido a guarda, ou ainda, as mulheres que cometeram suicidio.
Se, conforme lemos acima, é tão dificil decidir pelo PARTIR, sabendo que o partir sem apoio é praticamente impossivel.
Se, nem a familia e amigos sabem do que acontece, uma eficiente estratégia do agressor é o de isolar a vitima de suas relações sociais e familiares.
Se, o estado mantem-se omisso com medidas de proteção, não há instrumentos que façam o enfrentamento, as delegacias não são especializadas, não há entendimento inclusive da sociedade que "em briga de marido e mulher a gente mete sim a colher".
Se não há uma fórmula mágica para romper com o ciclo de violência, a mulher não encontra a solução para o fim da violência, ao invés de ficar ou partir, ela desiste. E a única saída possível para algumas mulheres pode ser o abandono e em alguns casos, pode ser o próprio suicídio.
Para Marie-France Hirigoyen, em seu livro “A violência no Casal – da coação psicológica à agressão física” - As mulheres vítimas de violência são, muitas vezes, censuradas por não reagir, por serem excessivamente submissas, mas, na realidade não fazem mais do que desenvolver estratégias de adaptação para limitar a violência do parceiro e preservar o casal e a família. Mantidas em estado de dependência psicológica e sofrendo violências, continuam acreditando que só esse homem é capaz de protegê-las do mundo exterior. Por isso, a perspectiva de se encontrarem sem recursos e em carinho é para elas mais temível que a própria violência. Se relutam tanto em sair dessa situação, é porque não é tão simples assim sair da sujeição. É uma prolongada tomada de consciência que requer apoio, a fim de conseguir perceber as ´armadilhas`. Muitas mulheres ficam em cima do muro, não querendo continuar a suportar a violência, mas também não sabendo como sair dessa situação.
Penso que para rompermos definitivamente com a violência doméstica e familiar contra as mulheres, faz-se necessário que alguns atores sociais cumpram com seu papel, que vai desde um novo marco regulatório para a comunicação - não adianta a Globo fazer uma matéria sobre violência se mantem um BBB no ar pregando a violência. As mudanças de conceitos sobre família com a contribuição das Igrejas - que teimam em afirmar em seus sermões que as mulheres devem obediência aos seus maridos e que fomos expulsos do "Paraíso" por responsabilidade de Eva. E, um ponto que penso ser fundamental, um intenso e amplo debate sobre a sociedade capitalista que vivemos, que transforma pessoas em coisas e nos dão o direito de acreditar que somos donos do corpo, da mente, das vontades de quem dizemos amar.
Beijarinhos Meus a quem passar por aqui e ler. E se gostou, compartilha!

Psiquiatra francesa defende que juízes trabalhem com psicólogos e médicos em processos de assédio moral


02/05/2012 - 18:18 Fonte: ABr

Especialista em assédio moral e psicológico, a médica psiquiatra francesa Marie-France Hirigoyen alertou hoje (2) os juízes sobre a importância de trabalhar com psicólogos e médicos ao analisar processos sobre assédio moral. No 16º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), evento que ocorre até sexta-feira (4), Marie-France defendeu que os juízes desenvolvam sua sensibilidade para identificar o assédio moral e qual é o limite entre o aceitável e o não aceitável nas relações de trabalho.

Promovido pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), o 16º Conamat trata de temas como a prevenção de acidentes de trabalho, a precarização do direito do trabalho, o assédio moral, a saúde dos magistrados e as mudanças no mundo do trabalho.

A psiquiatra destacou a importância de identificar a diferença entre o falso e o verdadeiro nos processos de assédio moral. “Muitas pessoas confundem assédio moral com conflito. O assédio não é um conflito. O conflito é algo simétrico em que duas pessoas não concordam, mas há espaço para argumentação e expressão”, disse.

Segundo Marie-France, o combate ao assédio moral está na prevenção, abordagem que vem ganhando corpo nos países europeus, inclusive na França. “Há obrigação para as empresas de tomar medidas que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores. O direito francês passou de uma lógica de reparação para uma obrigação de prevenção. A prevenção é uma verdadeira oportunidade de modernização das relações sociais e humanas na sociedade”, observou.

No Brasil, faltam dados estatísticos sobre o número de processos de assédio moral, tanto no Ministério Público do Trabalho quanto no Tribunal Superior do Trabalho. Com isso, não há como dimensionar o impacto desse comportamento nas relações de trabalho. Na França, de acordo com Marie-France, pesquisas feitas por médicos do trabalho estimam de que 7% a 8% de assalariados sofram assédio moral. A especialista afirma ainda que o grande problema não é mais falar e, sim, provar que se está sofrendo algum tipo de discriminação.

Marie-France também falou da experiência sobre a participação que os juízes tiveram na formulação da lei francesa. “A lei foi construída pelos juízes, pela jurisprudência. Eles fizeram a lei como ela é para dar uma melhor proteção aos trabalhadores. Foi graças à jurisprudência que começamos a conhecer aquilo que era preciso fazer”.

O assédio moral é previsto na França nos códigos do Trabalho, dos Servidores e Penal. Como pena, é prevista a reclusão por um ano ou multa de 15 mil euros. A psiquiatra esclareceu que a legislação francesa não pune apenas o assédio cometido por pessoas hierarquicamente superiores em relação à vítima, mas também entre colegas de trabalho e quando vem de subalternos que procuram desqualificar seus superiores hierárquicos.

A psiquiatra explicou ainda que, no caso da lei trabalhista, o assédio moral pode se constituir independentemente do seu autor e mesmo que não haja intenção de prejudicar, o que não ocorre na lei penal, onde se exige uma intencionalidade, um comportamento consciente. A psiquiatra chamou a atenção sobre a forma como as pessoas vêm sendo forçadas a se adaptar ao mundo do trabalho contemporâneo. “Queremos pessoas doces, robôs, obedientes”, lamentou Marie-France.

Segundo ela, ainda que não há espaço para o conflito e para as diferenças nas corporações. “Não é porque temos um bom salário que temos o direito de ser desrespeitados. Essa utilização das pessoas leva a um desencantamento, uma decepção”.

Cida Rezende - A jornalista viajou a convite da Anamatra

Violência contra a Mulher - SC 2014