A Justiça do Trabalho de Itajaí, em Santa Catarina, condenou a Ondrepsb Serviço de Guarda e Vigilância Ltda. a pagar uma indenização de R$ 100 mil, por dano moral, por impedir uma trabalhadora de amamentar a filha recém-nascida. Para a 6ª Câmara do TRT/SC, houve assédio moral contra a trabalhadora, que foi obrigada a fazer um curso em outra cidade, além ser colocada para trabalhar em locais diferentes. A criança morreu cerca de 50 dias após o retorno da mãe ao trabalho.
A trabalhadora exigiu indenização por ter sofrido assédio moral e ter sido obrigada a afastar-se do convívio com sua filha, num momento decisivo para a saúde da criança. A autora da ação alegou, ainda, que a menina ficou doente e que, além de não conceder as férias devidas, a empresa não permitia que ela se ausentasse do serviço para cuidar da recém-nascida. Segundo consta no processo, a empresa alegava que a autora se utilizava da doença da filha para não trabalhar.
De acordo com o relator, juiz José Ernesto Manzi, embora não se possa estabelecer relação entre o quadro de saúde debilitada da menor - que acabou morrendo - e a interrupção da amamentação quando da volta ao trabalho, "é inegável que a situação lhe gerou enorme stress e abalo moral", relata.
O magistrado questiona se a morte poderia ter sido evitada ou, ao contrário, "se a empresa contribuiu, de alguma forma, para o seu agravamento". Isso porque a própria Ondrepsb admitiu que, antes da licença maternidade, a autora trabalhava num posto fixo.
Segundo o juiz, a empresa não concedeu à empregada o direito de usufruir dos descansos especiais durante a jornada para amamentar a filha, já que foi encaminhada para a atividade de vigilante volante.
- Nesse contexto, não somente retirou da mãe uma prerrogativa que a lei lhe garante, como também feriu de morte a criança que dependia exclusivamente desse conjunto de elementos protetivos destinados a assegurar-lhe o direito de sobreviver - escreveu o juiz na sentença.
Para o juiz Manzi, não resta dúvida de que o intuito da empresa era forçar um pedido de demissão, "impondo à genitora longos períodos de separação".
A autora da ação trabalhava como vigilante, num posto fixo e, após o seu retorno da licença maternidade, a empresa adotou algumas medidas que acabaram dificultando a amamentação da menor. Inconformada com a decisão da 2ª Vara do Trabalho de Itajaí, que condenou a empresa apenas ao pagamento dos intervalos não gozados, a autora recorreu da sentença. Segundo ela, após sua volta ao trabalho passou a ser humilhada e assediada pela empresa, que determinou que trabalhasse como vigilante em outras cidades.
http://oglobo.globo.com/cidades/
terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Socialismo em construção - eu acredito!
Confesso que a esperança realmente venceu o medo e os ultimos anos serviram para trazer a solidariedade aos olhos da nossa juventude.
Uma pesquisa realizada este ano, "Sonho Brasileiro" com 3000 jovens entre 18 e 24 anos, surpreendeu a quem leu, mas não a quem convive diariamente com jovens.
Apenas 5% dos jovens entrevistados sonham ficar ricos a qualquer custo, e a grande maioria deseja um trabalho estável, abrir seu próprio negócio, trabalhar pelo social e pelo coletivo e ser feliz.
Pensamento bem diferente da maioria da nossa geração e das anteriores, que transformaram o mundo no que ele é hoje.
Bem vinda Geração do século XXI, que o mundo se contamine pelos sonhos e desejos da juventude brasileira!!!
“A nossa grande descoberta é que o jovem pensa no trabalho numa forma de expressar quem ele é e qual a relevância que ele pode ter para sociedade”, Gabriel Milanez (sociólogo, coordenador da pesquisa)
Uma pesquisa realizada este ano, "Sonho Brasileiro" com 3000 jovens entre 18 e 24 anos, surpreendeu a quem leu, mas não a quem convive diariamente com jovens.
Apenas 5% dos jovens entrevistados sonham ficar ricos a qualquer custo, e a grande maioria deseja um trabalho estável, abrir seu próprio negócio, trabalhar pelo social e pelo coletivo e ser feliz.
Pensamento bem diferente da maioria da nossa geração e das anteriores, que transformaram o mundo no que ele é hoje.
Bem vinda Geração do século XXI, que o mundo se contamine pelos sonhos e desejos da juventude brasileira!!!
“A nossa grande descoberta é que o jovem pensa no trabalho numa forma de expressar quem ele é e qual a relevância que ele pode ter para sociedade”, Gabriel Milanez (sociólogo, coordenador da pesquisa)
Mundo liquido
Hoje deu um aperto no coração, uma vontade incontrolada de sair na chuva, voltar a ser criança, fugir desse mundo insano. Onde amar, desejar o bem comum, ser solidário, está totalmente fora de moda aos olhos de muitas pessoas. Olho ao redor e fico perplexa, o que eu via apenas em ficção, é uma constante no mundo real. Pessoas criam personagens para suas vidas; elaboram contos-de-fadas, dramas, terror; criam cenários perfeitos, envolvem em seus roteiros as pessoas que as querem bem, sem avisá-las previamente que um dia o espetáculo terá um “gran finale”.
Leio por muitas vezes o que as pessoas entendem sobre o mundo real e o mundo virtual, e refletindo sobre o que pensam chego sempre a mesma conclusão, ambos são iguais, não pode haver distinção. Em ambos há apenas uma pessoa, com uma minúscula diferença, no mundo real somos a personagem que as pessoas vêem e convivem diariamente, fisicamente, com CPF e RG. Já no mundo virtual, somos um perfil com infinitas possibilidades de criação, porém permanecemos sendo a mesma pessoa, com os mesmos sentimentos, medos, receios, traumas, desejos.
Há os que se escondem de si mesmos, escondem suas fraquezas, os que desejam mudanças e não as enfrentam, os que querem apenas encontrar uma felicidade “cor de rosa” para uma vida nebulosa. E essa busca é uma constante para quem vive em um mundo onde sentimentos são como líquidos que escorrem por entre nossos dedos sem qualquer possibilidade de serem absorvidos por nosso coração.
Não acredito que esta perversidade seja da natureza humana, seja algo biológico, genético, hereditário, penso que é um conjunto de fatores que moldam o nosso pensar e o que temos como verdade para nossas vidas. Construídos pelo meio onde crescemos e apreendemos valores, conceitos e prioridades, construídos por instituições que nos revelam o que é certo e o que é errado e a quais verdades deveremos ter como reais.
Após esta “modelagem” que ocorre na infância e adolescência, de conceitos, preconceitos, de “verdades”, nos tornamos adultos quando acreditamos que somos responsáveis por nossas escolhas, e ignorando que já fomos modelados e diariamente somos manipulados, acreditamos que somos donos de nossas próprias vidas. Sem perceber, continuamos nos construindo a partir do que ouvimos, vemos, lemos, o que está ao nosso alcance, pois não há tempo para realmente aprofundarmos o conhecimento.
Passamos maior parte de nossos dias buscando a nossa sobrevivência e a dos nossos, tentando garantir moradia, água, luz, alimento, roupa, sapato, o básico para viver. E quando isto já nos é garantido pelo trabalho exercido, queremos mais e mais, a regra é consumir, consumir, consumir. Onde a prioridade deveria ser buscar “ser”, mas, como “ser” se o nosso tempo é destinado a “ter”? Então, conhecemos a palavrinha frustração, por vivermos em um ciclo vicioso, sem o tempo necessário para respondermos uma única pergunta: “Qual o meu papel no grande espetáculo da vida?”.
Penso que viver apenas uma personagem que nasce, cresce, torna-se adulto, envelhece e morre, sem sequer participar como personagem principal em apenas um capítulo, seja algo frustrante e decepcionante para qualquer pessoa que olhe sua história e veja que em nada contribuiu, ou nada fez para tornar este um mundo melhor para os que aqui vivem e que ainda chegarão. Olhar o passado, o presente e pensar que deixa apenas o cenário pronto para os próximos que vierem é o mesmo que organizar uma festa, preparar comidas e bebidas, decorar maravilhosamente e jamais dançar a primeira musica.
Eu quero um dia olhar pro passado, entender o meu presente e ter a certeza de que fui a mesma em qualquer momento, e o melhor, que escrevi a minha história, por minha vontade, dentro do que acreditei ser a minha verdade. Não a verdade absoluta, mas a que procurei construir a partir do que compreendo de certo e errado. E tenham a certeza, não sou e nunca serei perfeita, mas o mundo pelo qual luto e sonho é um mundo perfeito sem qualquer diferença para homens e mulheres, independente de suas escolhas. Não espero nada de ninguém, não crio falsas expectativas, respeito as diferenças e compreendo as limitações, por isso jamais me verão julgar qualquer pessoa por suas ações.
Se a regra geral para os autores do mundo de faz de conta inclui matar as personagens para que renasçam de suas próprias vidas, entendo que seus criadores tentarão mudar ao menos suas estratégias, pois poderá chegar o momento em que criador e criatura não mais conseguirão sobreviver em seus miseráveis papéis.
Leio por muitas vezes o que as pessoas entendem sobre o mundo real e o mundo virtual, e refletindo sobre o que pensam chego sempre a mesma conclusão, ambos são iguais, não pode haver distinção. Em ambos há apenas uma pessoa, com uma minúscula diferença, no mundo real somos a personagem que as pessoas vêem e convivem diariamente, fisicamente, com CPF e RG. Já no mundo virtual, somos um perfil com infinitas possibilidades de criação, porém permanecemos sendo a mesma pessoa, com os mesmos sentimentos, medos, receios, traumas, desejos.
Há os que se escondem de si mesmos, escondem suas fraquezas, os que desejam mudanças e não as enfrentam, os que querem apenas encontrar uma felicidade “cor de rosa” para uma vida nebulosa. E essa busca é uma constante para quem vive em um mundo onde sentimentos são como líquidos que escorrem por entre nossos dedos sem qualquer possibilidade de serem absorvidos por nosso coração.
Não acredito que esta perversidade seja da natureza humana, seja algo biológico, genético, hereditário, penso que é um conjunto de fatores que moldam o nosso pensar e o que temos como verdade para nossas vidas. Construídos pelo meio onde crescemos e apreendemos valores, conceitos e prioridades, construídos por instituições que nos revelam o que é certo e o que é errado e a quais verdades deveremos ter como reais.
Após esta “modelagem” que ocorre na infância e adolescência, de conceitos, preconceitos, de “verdades”, nos tornamos adultos quando acreditamos que somos responsáveis por nossas escolhas, e ignorando que já fomos modelados e diariamente somos manipulados, acreditamos que somos donos de nossas próprias vidas. Sem perceber, continuamos nos construindo a partir do que ouvimos, vemos, lemos, o que está ao nosso alcance, pois não há tempo para realmente aprofundarmos o conhecimento.
Passamos maior parte de nossos dias buscando a nossa sobrevivência e a dos nossos, tentando garantir moradia, água, luz, alimento, roupa, sapato, o básico para viver. E quando isto já nos é garantido pelo trabalho exercido, queremos mais e mais, a regra é consumir, consumir, consumir. Onde a prioridade deveria ser buscar “ser”, mas, como “ser” se o nosso tempo é destinado a “ter”? Então, conhecemos a palavrinha frustração, por vivermos em um ciclo vicioso, sem o tempo necessário para respondermos uma única pergunta: “Qual o meu papel no grande espetáculo da vida?”.
Penso que viver apenas uma personagem que nasce, cresce, torna-se adulto, envelhece e morre, sem sequer participar como personagem principal em apenas um capítulo, seja algo frustrante e decepcionante para qualquer pessoa que olhe sua história e veja que em nada contribuiu, ou nada fez para tornar este um mundo melhor para os que aqui vivem e que ainda chegarão. Olhar o passado, o presente e pensar que deixa apenas o cenário pronto para os próximos que vierem é o mesmo que organizar uma festa, preparar comidas e bebidas, decorar maravilhosamente e jamais dançar a primeira musica.
Eu quero um dia olhar pro passado, entender o meu presente e ter a certeza de que fui a mesma em qualquer momento, e o melhor, que escrevi a minha história, por minha vontade, dentro do que acreditei ser a minha verdade. Não a verdade absoluta, mas a que procurei construir a partir do que compreendo de certo e errado. E tenham a certeza, não sou e nunca serei perfeita, mas o mundo pelo qual luto e sonho é um mundo perfeito sem qualquer diferença para homens e mulheres, independente de suas escolhas. Não espero nada de ninguém, não crio falsas expectativas, respeito as diferenças e compreendo as limitações, por isso jamais me verão julgar qualquer pessoa por suas ações.
Se a regra geral para os autores do mundo de faz de conta inclui matar as personagens para que renasçam de suas próprias vidas, entendo que seus criadores tentarão mudar ao menos suas estratégias, pois poderá chegar o momento em que criador e criatura não mais conseguirão sobreviver em seus miseráveis papéis.
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