quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Cinto de castidade em pleno século XXI - Brusque/SC
Esse criou o cinto, a maioria tortura psicologicamente, como se o corpo da companheira fosse parte de sua propriedade.
Marido fabricou "cinto de castidade" em casa e obrigou a mulher a usar engenhoca feita de arame. Ele queria garantir que ela só fizesse sexo com ele. Aconteceu em Brusque (SC). Mulher foi ao foro e à polícia. O homem está preso.
Espaço Vital
Medieval! (14.02.12)
Durante 45 dias, uma moradora de Brusque (SC) foi obrigada a viver com uma engenhoca de arame na parte externa da vagina, colocada por seu companheiro, Antônio Carlos Lopes Pereira, 37 de idade, para funcionar como uma espécie de cinto de castidade.
Ela só se livrou do instrumento e da humilhação na semana passada, quando procurou as autoridades e contou o que estava passando. A prisão preventiva do homem foi decretada. Ele acabou preso na sexta-feira (10) à noite, pela Polícia Militar.
Imediatamente, os PMs foram à casa de Antonio. Lá, encontraram um revólver calibre 38, com balas no tambor. A arma não tinha registro. Por isso, Antônio foi também autuado em flagrante.
Conto de amor virou conto de terror
Segundo o jornal Diário do Litoral, de Itajaí (SC), "o que era pra ser uma história de amor entre Antônio e a mulher com quem foi viver junto em abril do ano passado virou um conto de terror".
Refere a matéria jornalística que "violento e descontrolado, o monstro mais parecia estar vivendo na Idade Média e chegou a fabricar com arame um instrumento que colocava à força na vagina da mulher, de 31 anos, e a obrigava a usar diariamente".
A mulher usou o cinto de castidade entre dezembro de ano passado e a semana passada, quando, não suportando mais o terror em que vivia, fugiu de casa e procurou ajuda no Foro de Brusque. Ali exibiu o vexame a que estava sendo submetida.
Pela história que ela contou no foro e na polícia, desde o começo da relação Antônio se mostrou um homem violento. Os dois se separaram e se reconciliaram várias vezes, até que, em 16 de dezembro do ano passado, ela passou a ser obrigada a usar o arame, que era fechado por um cadeado.
Na ocasião, depois de mais uma briga, Antônio a teria levado a um matagal perto de casa e, de arma em punho, ameaçado estourar sua cabeça. Depois, colocou a peça na sua vagina, dizendo que somente ele poderia fazer sexo com ela.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Violencia doméstica contra a Mulher em SC - Parte I
De acordo com a Secretaria de Segurança Publica de Santa Catarina, nos primeiros 45 dias deste ano (01 de janeiro a 14 de fevereiro/2012), houveram 3054 Registros Policiais de Ameaças contra MULHERES, dentro do espaço doméstico.
No local onde deveria ser seu porto seguro.
E o Sr Colombo faz o que ? ? ?
Nada... nada... nada...
Elas registram a ocorrencia e se obrigam a retornar para casa e continuar vivendo com o agressor.
BASTA!!!
Quantas mais morrerão? ? ?
O que voce tem feito para mudar isto ? ? ? ? ? ?
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Amianto Mata!! 16 anos de prisão aos responsáveis na Italia!
Os ex-proprietários da Eternit, o barão belga Louis de Cartier de Marchienne e o magnata suíço Stephan Schmidheiny, foram condenados a 16 anos de prisão nesta sexta-feira, 13 de fevereiro, pela Justiça de Turim, na Itália. A condenação é pela morte de 2.500 trabalhadores, da cidade de Casale Monferrato, vítimas do cancerígeno amianto, material utilizado por quase um século nas fábricas da Eternit. Com a condenação, a Justiça italiana os responsabiliza pelo maior desastre ambiental que se tem notícia na história contemporânea.
Mais de 3 mil pessoas do mundo inteiro, acompanharam e comemoraram a leitura da sentença (foto). A auditora fiscal do trabalho e engenheira de segurança do trabalho Fernanda Giannasi, defensora ferrenha da proibição do amianto, foi uma delas. “Essa ação é emblemática, pois muda o rumo da impunidade que cerca as empresas de amianto ao redor do mundo”, diz a Auditora Fiscal.
“Na Itália, como aqui no Brasil, a Eternit sabia desde os anos 1960 dos malefícios do amianto à saúde humana, mesmo assim manteve a extração e a fabricação de produtos com a fibra assassina”, observa Fernanda Giannasi.
A empresa Eternit S.A. do Brasil, que foi nacionalizada a partir de 2000, tem sua origem no grupo belga-suíço, o mesmo do banco dos réus na Itália e na Bélgica. Há sete anos o amianto está totalmente proibido na Europa. No Brasil, alguns estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo e municípios brasileiros proibiram a industrialização e a comercialização de todos os tipos de amianto, inclusive o crisotila.
Para a auditora fiscal, “a condenação dos ex-proprietários da Eternit representa uma grande vitória cívica e de resistência a este grave quadro epidêmico, que está sendo denominado pelas autoridades de saúde italiana como uma emergência nacional, que eu diria mais, global ou planetária”, constatou. No dia 18 de fevereiro, a Giannasi será uma das conferencistas sobre o amianto no Congresso de Medicina Democrática que ocorre em Milão.
Em nome da solidariedade internacional, a Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto – Abrea, e a Rede Virtual Cidadã pelo Banimento do Amianto da América Latina, coordenada por Fernanda Giannasi, enviaram, em 7 de janeiro, mensagem a várias autoridades italianas, entre as quais o ministro da Saúde Renato Balduzi.
Proibição - O banimento do amianto em todo o território brasileiro foi discutido por um grupo de trabalho da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em 2010. O relatório sugere a desativação da única mina de amianto ainda em operação no Brasil, localizada em Minaçu (GO), mas não chegou a ser votado. Atualmente encontra-se no Senado o PLS 371/2011, do senador Eduardo Suplicy (PT/SP), que propõe o banimento do amianto no Brasil. Mas, diversos países já proíbem o uso do amianto na América do Sul.
A Procuradoria Geral da República – PGR já apresentou parecer ao Supremo Tribunal Federal – STF pedindo inconstitucionalidade da lei que permite a exploração, utilização industrial e comercialização do produto. Segundo a PGR já são muitas a evidências de que o mineral, em qualquer situação e de qualquer tipo, faz mal à saúde de quem o manipula.
A União Europeia proíbe toda e qualquer utilização do amianto no seu território desde 1º de Janeiro de 2005, estando a sua extração igualmente proibida. Os trabalhadores que tenham que lidar com o amianto nas suas atividades de remoção do mesmo estão sujeitos a especiais condições de trabalho.
O Canadá proíbe o uso do amianto no país e é um dos maiores exportadores mundiais do produto, juntamente com a Rússia. Seus maiores clientes são países em desenvolvimento.
Fonte: Sinait.org.br
Foto: AP Photo/Daniele Badolato, Lapresse
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