terça-feira, 13 de novembro de 2012

Quando nos sentimos o coco do mosquito da barata...




Hoje escrevo com o coração transbordando de tristeza, a garganta sufocada de dor e a alma enfraquecida. Foram avalanches de notícias que me fizeram lembrar do poema de Maiakovsky pois estou me sentindo roubada, castrada, violentada.


Perdemos a noite passada, no estado da Paraíba, três companheiras PeTistas, guerreiras, combativas. Um acidente de trânsito tirou a vida de Socorro, Suênia e sua filha Raquel.


Essa semana foi declarada guerra nas ruas de Florianópolis, agora a noite mais um onibus incendiado. E o Secretário vai para a TV dizer que nada está acontecendo, mas todos nós sabemos o que está rolando há meses na Segurança Publica e pra mim tem apenas uma palavra que simplifica isso: DESCASO. Ou teriam outras como incompetência, fracasso de gestão, descontrole. Esse caos vem se arrastando ha tempos, basta visitar o arquivo publico e ver os jornais desde o ano passado.

O Deputado Dirceu Dresch propôs uma CPI na ALESC, voces acham que conseguimos quantas assinaturas para esta CPI??? Correm aos quatro ventos, pelas esquinas da cidade, que duas figuras foram ameaçadas e que enquanto não estiverem com suas vidas garantidas dentro da prisão, o caos estará instalado. Será que é verdade??? Será a migração dos acuados em outros estados???


Bom, e o que falar sobre verdade?? Hoje mesmo, a maior instância da justiça brasileira sentenciou três companheiros a prisão. Durante todo o processo de julgamento me senti tão violentada enquanto cidadã que nem existe palavra que represente tamanho desrespeito a nossa democracia, aos direitos garantidos em nossa Constituição e temo que a moda de "culpado até que se prove o contrario" se estabeleça nos tribunais do Brasil. Condenar alguem por presumir ciência dos fatos é algo inaceitável.


Enfim, chega mais uma mensagem que agora um onibus foi incendiado na cidade de Navegantes, o que será que temos por lá? Efeito dominó e cronometrado? E acabaram de fechar a Av Ivo Silveira, na altura do Morro da caixa, aqui perto de casa. Tiros e mais tiros!!!


Acorda povo!!! Responde Colombo e sua trouppie!!


Primeiro, eles vêm à noite, com passo furtivo, arrancam uma flor e não dizemos nada.
No dia seguinte, já não tomam precauções, entram no nosso jardim, pisam nossas flores,matam nosso cão e não dizemos nada.



Até que um dia o mais débil dentre eles entra sozinho em nossa casa, rouba nossa luz,


arranca a voz de nossa garganta ee já não podemos dizer nada.
Maiakovsky

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