sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Balanço Ligue 180 - I Semestre 2015
A Secretaria de Políticas para as Mulheres apresentou os dados do "Ligue 180" no primeiro semestre de 2015. São dados importantíssimos para refletirmos nossas ações.
Vejamos:
Desde 2005, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) já registrou 4.488.644 atendimentos.
Comparando o primeiro semestre de 2014 e 2015, foi constatado:
- Aumento de 145,5% nos registros de cárcere privado (08 registros/dia);
- Aumento de 65,39% nos casos de estupro (05 relatos/dia);
- Aumento de 69,23% nos relatos de tráfico de pessoas (01 registro/dia)
- Capital com maior taxa de relatos de violência: Campo Grande (110 relatos por 100 mil habitantes mulheres), seguida por Brasília (60 relatos por 100 mil mulheres).
Obs: A SPM inaugurou duas Casas da Mulher Brasileira, em Campo Grande (fev 2015) e Brasília (junho/2015).
O Ligue 180 atendeu todas as 27 unidades da federação, 3.061 municípios (55% de 5.570)
Dos atendimentos realizados em 2015:
- 34,46% - prestação de informações (principalmente sobre a Lei)
- 10,12% - encaminhamentos para serviçoes especializados,
- 45,93% - encaminhamentos para outras centrais (190, 197, 100),
- 8,84% - relatos de violência contra a mulher.
Do total de 32.248 relatos de violência contra a mulher:
- 16.499 relatos de violência física (51,16%)
- 9.971 relatos de violência psicológica (30,92%)
- 2.300 relatos de violência moral (7,13%),
- 629 relatos de violência patrimonial (1,95%),
- 1.308 relatos de violência sexual (4,06%),
- 1.365 relato de cárcer privado (4,23%),
- 176 relatos de tráfico de pessoas (0,55%)
Cerca de 25% dos relatos tinham como agressores: familiares, amigos, vizinhos, conhecidos, como autores da violência. E 70,71%, as violências foram cometidas por ex-companheiros, cônjuges, namorados ou amantes (vínculo afetivo).
Com relação a frequência em que a violência ocorre:
- 39,47% a violência é diáriaa,
- 35,60% é semanal.
Ou seja, 75,07% de frequência muito alta.
Dos atendimentos no Ligue 180, 78,59% das vítimas possuem filhos (as) e 81,30% dos casos, os filhos (as) presenciaram ou sofreram violência, tambem.
Dos relatos de violência, somente 35,5% das mulheres em situação de violência dependem financeiramente do (a) agressor (a). 64,5% não dependem. Neste dado, a SPM questiona o fato de que o dado contradiz o senso comum com relação a mulher que dependente financeiramente não se libertar do ciclo de violência. Mas quero chamar a atenção para a questão que a maioria das mulheres em situação de violência não denunciam, principalmente as com dependência financeira.
O medo da denuncia resultar em outra forma de violência está muito presente:
- 31,22% dos casos acreditam que a denuncia acarretasse na morte das vítimas;
- 22,72% medo de espancamento ou outro dano físico,
- 21,36% risco de danos psicológicos.
Leia o relatório completo no site: http://www.spm.gov.br/assuntos/violencia/ligue-180-central-de-atendimento-a-mulher/balanco1sem2015-versao-final.pdf
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